sexta-feira, 19 de março de 2010

Actividade Integradora - " Direitos dos Idosos " - Inquérito à População

ACTIVIDADE INTEGRADORA - INQUÉRITO À POPULAÇÃO

Conclusões do Inquérito efectuado à população de Carregal do Sal, sobre os Direitos dos Idosos.

O Curso EFA B3 de Geriatria, promovido pelo Centro Social Professora Elisa Barros Silva de Cabanas de Viriato efectuou um inquérito à população de Carregal do Sal de forma a perceber qual a percepção que esta tem relativamente aos direitos dos idosos, em concreto no que se relaciona com a saúde física e psicológica, questões sociais e familiares. Os resultados encontrados seguem-se.

Relativamente às características da população, foram inquiridos um total de 77 sujeitos, 48% do sexo masculino e 52% do sexo feminino. Destes, 5% tinham idade inferior a 20 anos, 44% com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos, 38% com 40 a 60 anos de idade e 13% com mais de 60 anos. Relativamente às Habilitações Académicas, 47% dos inquiridos têm o ensino básico completo, 41% concluíram o ensino secundário e 12% frequentaram o ensino superior.






No que se refere aos resultados encontrados para a questão “Julga que a sociedade actual valoriza os mais velhos?”, uma maioria de 75% considera que os idosos não são suficientemente valorizados na sociedade actual, sendo que apenas uma minoria de 25% das pessoas considera que sim.

Para a questão “Concorda com a expressão «os velhos são crianças em ponto grande»?”, ainda se encontra uma percentagem relativamente significativa de 30% de inquiridos que não concorda, contudo, uns surpreendentes 69% dos inquiridos concorda ainda erradamente com esta expressão, mostrando, desta forma, a presença de preconceitos e falsos mitos associados a esta população.










Relativamente às questões de saúde, para a questão “Todos os idosos têm igual acesso aos cuidados de saúde?”, apenas uma minoria de 19% considera que sim, sendo que 77% dos sujeitos inquiridos revela uma percepção mais negativa desta realidade, considerando que existem diferenças no acesso aos cuidados de saúde por parte da população idosa.

Também para a questão “Acha que as famílias têm cada vez menos tempo para cuidar dos seus familiares idosos?”, uma surpreendente maioria de 94% das pessoas inquiridas respondeu afirmativamente, alargando, assim, esta visão negativa da velhice também para o domínio da vivência familiar.






Para a questão “Há pessoas que se vêm obrigadas a deixar os seus empregos para ficarem a cuidar dos idosos. Julga que esse tipo de acção deveria ser valorizada como um trabalho e remunerada como tal?”, a grande maioria dos inquiridos, num total de 90%, considera que sim, sendo que apenas 7% dos indivíduos manifestou uma opinião contrária.

Relativamente à pergunta “será que as famílias e a sociedade estão preparados para lidar com os idosos e os seus problemas de saúde na terceira idade?”, 10% das pessoas considera que sim, sendo que a maioria (90%) considera que não, revelando, assim, o descrédito que a população inquirida tem na sociedade em geral para lidar com os problemas de saúde dos mais velhos.





Já para as questões relativas à sexualidade, ao responderem à questão “ Qual a sua opinião relativamente ao amor e à sexualidade na 3ª Idade?”, uma admirável maioria de 80% dos sujeitos considera que este é um comportamento normal em todas as idades, sendo que apenas 18% dos inquiridos considera este como um comportamento característico de idades menos avançadas ou associado a perversão moral nos mais velhos.

Ao analisar as respostas à questão: “Tem conhecimento que o envelhecimento, ao tornar-se um problema social, passou a mobilizar mais atenções, nomeadamente com a criação de mais Lares, com a formação de Cursos de especialização de pessoas que cuida dos idosos, etc.…?”, pode concluir-se que a maioria das pessoas inquiridas, perfazendo um total de 87%, revela ter adquirido consciência social para este assunto.

Também para a questão “Concorda com a existência de Instituições que prestem acolhimento e cuidados aos idosos (exemplo: Lares, Centros de Dia…)?”, a grande maioria, de 96% das pessoas que responderam ao inquérito, concede um papel importante aos serviços prestados por este tipo de Instituições.




Contudo, ao verificar os resultados obtidos para a questão “Na sua opinião, as Instituições estão devidamente preparadas para acolher os idosos com problemas de saúde?”, pode observar-se que 67% dos indivíduos não mostra confiança no trabalho prestado por estas, sendo que a grande maioria de 97% das pessoas inquiridas, ao responderem à questão “Considera importante uma maior aposta em pessoal especializado nas instituições de acolhimento aos idosos?”, considera que este é um factor importante para a melhoria dos serviços prestados pelas Instituições de apoio aos Idosos.

Passando para um plano macrossocial, esta tendência para considerar insuficientes as respostas de saúde oferecidas à população idosa tende a manter-se, sendo que para a questão “Acha que o governo oferece o nível de apoio necessário aos idosos, no que diz respeito aos cuidados de saúde?”, uma maioria de 81% dos inquiridos respondeu Não.

Para finalizar, os resultados obtidos para a questão: “Tendo em consideração as dificuldades financeiras que grande parte da população tem (população activa e reformados), é a favor de uma maior intervenção por parte do estado em Instituições de apoio à 3ª Idade?”, revelam que 84% das pessoas inquiridas se mostra de acordo com este tipo de incentivos, de forma a melhorar as respostas de apoio às necessidades da população idosa do nosso país.





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