terça-feira, 16 de março de 2010

Cuidar de um idoso portador de doença crónica

Cuidar de indivíduos idosos portadores de doenças crónicas pode gerar situações de stress que, se não forem elaboradas adequadamente, poderão trazer transtornos tanto para o cuidador, como para o indivíduo doente e seus familiares.

De acordo com o grau de autonomia que os indivíduos idosos possuem, necessitam mais ou menos da actuação do cuidador, e a forma como se constrói essa relação de dependência parcial ou total poderá gerar situações de stress.

As famílias que têm um dos seus membros com problemas crónicos de saúde sentem, juntamente com ele, toda a problemática que envolve a questão. Ambos têm desafios ligados ao desempenho de novos papéis, como trabalhar com as perdas de actividades sociais, financeiras e de suas capacidades físicas.

Os familiares tentam encontrar soluções para o cuidado dos seus idosos, procurando assim evitar uma provável institucionalização. Porém, ao assumir tal compromisso, esta atitude nem sempre é a mais desejada pelos membros da família, mas muitas vezes é a única alternativa possível para atender as necessidades do indivíduo doente. As maiores dificuldades que são sentidas pelos cuidadores dizem respeito as perturbações que afectam a vida em família na área financeira, no exercício de papéis, nas relações familiares da supervisão do idoso e nas relações com amigos e vizinhança.

Existem ainda sentimentos de sobrecarga, desamparo, perda de controlo, falta de domínio vergonha, exclusão, incómodo.

Na maioria das vezes, o cuidador familiar desempenha seu papel sozinho, sem ajuda de outros familiares ou de profissionais. Neste caso ele configura-se como cuidador principal e representa o elo entre o idoso, a família e a equipa de saúde.

Para as pessoas idosas a família é o refúgio no qual elas encontram protecção, solidariedade e afectividade. Porem, quando as doenças ocorrem há uma quebra no equilíbrio familiar.

Indivíduos que convivem com pessoas que necessitam de constantes cuidados de saúde podem demonstrar os mais diversos sentimentos que permeiam este processo, desde cansaço, stress, exaustão, mas também, bem-estar, afeição e ternura.

Mas a maioria dos cuidadores relata ter sentimentos de impotência e incompetência para desempenhar algumas tarefas específicas que envolvem o cuidado de indivíduos deficientes físicos. Eles vêm o familiar como um estranho no seu ambiente que cada dia revela novas necessidades.

Diversos estudos discutem sobre o papel do cuidador, sendo avaliado por familiares que desempenham esta actividade como gerador de stress e ónus. As maiores dificuldades mencionadas por cuidadores de idosos são:

1. Cuidados directos e contínuos e necessidade de vigilância.

2. Falta de preparo e conhecimento para executar o cuidado.

3. Problemas de saúde associados ao excesso de trabalho e à idade avançada.

4. Conflitos familiares pela falta de divisão do trabalho e de reconhecimento por parte de outros membros da família.

5. Dificuldades de adaptação á nova situação, incluindo aspectos financeiros, redução de actividades profissionais, sociais e de lazer.

Conclusão

Cuidar de um indivíduo idoso, dependente, portador de uma doença crónica, pode representar uma ameaça constante, já que esta situação é geradora de stress.

Há muito que se desenvolver na área da saúde para se melhorar a assistência que pode ser oferecida a uma família que está enfrentando a situação de cuidar de um indivíduo idoso, portador de uma doença crónica.

Trabalho elaborado por:

Laura Tomas

Patrícia Cunha

Os órgãos públicos deveriam ter um interesse maior frentes ao crescimento da população idosa, no que se refere às politicas sociais, levando em consideração as características demográficas, económicas, sociais e de saúde do pais.

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